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O trabalho de W.Radwan trás em sua investigação espacial, uma profunda noção de valor da natureza. Suas escolhas apresentam uma força telúrica, seja no repertório volumétrico, que propõe transbordamentos, erupções e deságües, seja na fatura com materiais impregnados de verdade conceitual – pedras, madeiras calcinadas, minérios e madeiras em estado puro – que vão formando composições elegantes a partir de uma geometria impactante.

Porém em seu trabalho, a palavra geo-metria, se faz valer por sua análise etimológica, já que é a própria noção Geo=Terra, fica clara em suas propostas, pois sua métrica amplia o discurso da urgência em olhar o planeta e a natureza.

Herdeiro confluente de uma tradição expressionista orgânica e ao mesmo tempo de nosso passado de equações neoconcretas, sua obra consegue manter um diálogo entre a morfologia exuberante de Krajcberg e a sinfonia silenciosa de Sergio Camargo

Ao buscar uma consciência sensível do pensar holisticamente, Radwan nos mostra, em séries de trabalhos de grande potência matérica, que devemos poupar a Terra de nossas mazelas e agressões. E este valor ético é ainda maior que a beleza intrínseca de seu trabalho.

Rio, 25 junho 2012


Alexandre Morucci
Curador independente e Artista Plástico






As abstrações geométricas das esculturas de W.Radwan são bem mais do que as cores, formas e texturas que saltam aos nossos olhos e provocam nossos sentidos. A obra deste artista é uma contundente expressão contra a destruição latente da natureza  e do próprio homem.

W.Radwan despertou para a arte aos 16 anos, bebeu das fontes dos criativos anos 60, e desenvolve um trabalho autodidata e orgânico desde os anos 80, mas o mantinha anônimo. Em 2011, por incentivo de amigos da área, essas obras saíram do galpão do artista para três individuais de sucesso nas galerias Gauguin, TNT Arte Galeria e Almacén Unlimited Art

Rio, 10 dezembro 2011.

Maria Doria
Jornalista e Editora.